EvilSpecial Por que The Last of Us 1 é um dos melhores jogos de
Por um escritor misterioso
Descrição
Em 2013, o mundo foi impactado pelo que viria a ser “O Melhor Jogo da Década”, The Last of Us, um jogo de sobrevivência bem diferente dos outros, que trazia um foco em contar uma história complexa, angustiante, emocionante e acima de tudo, humana. CLIQUE AQUI e saiba mais sobre a franquia The Last of Us! Antes de falar sobre o jogo em si, é importante voltar no tempo e lembrar de grandes empresas como Nintendo, Capcom, EA, dentre outras. Nos anos 90, todas essas empresas tinham seus “mascotes”, que estrelavam jogos que eram amplamente famosos e que chamavam o público geral, então a Sony enxergou que esse deveria ser seu próximo passo, afinal, o PlayStation 1, que chegava ao mercado em 1994, se tornou um dos consoles mais famosos daquela época e mesmo sem ter seu “mascote” oficial, o que levou a Sony a fechar um contrato com algumas empresas, entre elas a Naughty Dog. A própria história da Naughty Dog é interessante: inicialmente era comandada por dois amigos e se chamava JAM Software, mas essa é uma história para outra hora. Com o contrato de parceria com a Sony, a Naughty Dog produziu Crash Bandicoot e mostrou pro mundo aquele que seria seu novo mascote, e assim o estúdio explodiu, chegando a pouco depois fechar um acordo para ser adquirido pela Sony. Agora com esse acordo, o orçamento para produção aumentou, o que levou o estúdio a criar Jak and Daxter para o PlayStation 2, e foi nessa época que nomes importantes como Amy Hennig, Neil Druckmann e Bruce Straley entraram e começaram a trabalhar com o estúdio. Anos mais tarde, uma nova geração de consoles chegava com novas demandas em gameplay e qualidade e então a Naughty Dog cria Uncharted, uma franquia de ação e exploração com gráficos e sequências de ação fenomenais. O estúdio enfrentou dificuldades durante o desenvolvimento do primeiro jogo, passando por diversos problemas dentro e fora do jogo, porém ainda assim, quando lançado em 2007, o jogo foi um sucesso e deu a motivação que o estúdio precisava para seguir, 2 anos depois, com Uncharted 2. Uncharted 2 foi um marco para aquela geração e também para o estúdio, Bruce Straley até disse em uma entrevista de 2014 que “não poderíamos ter chegado aqui sem Uncharted 2”, então, após o jogo, todo o time se dividiu entre trabalhar em uma continuação para Uncharted, enquanto outra parte da equipe focou em criar algo novo, um jogo de ação com elementos de sobrevivência e terror, sim o famoso “projeto alguma coisa”. Esse foi o primeiro nome que The Last of Us recebeu durante seu desenvolvimento. Ainda nessa época, jogos de ação eram mais populares, o gênero de terror e survival horror estava passando por uma falta de identidade quanto aos títulos clássicos, Resident Evil, Silent Hill e similares já não tinham tanta força como antes, porém Resident Evil 4 trouxe a câmera “over the shoulder” e uma gameplay com mais ação, inspirando assim diversas novas franquias a existirem, como Dead Space e o próprio The Last of Us. Claramente Resident Evil não foi a única inspiração para o jogo, afinal nos anos 2010 o tema de apocalipse e zumbis estava no topo, muito por conta da série The Walking Dead. A ideia principal de The Last of Us era criar uma história que focasse na relação de dois personagens e foi muito baseada em um projeto que o próprio Neil Druckman desenvolveu na faculdade, uma história que juntava elementos do jogo Ico e da série de quadrinhos Sin City, porém o jogo seria bem diferente dos outros produtos do estúdio. The Last of Us queria ser bem “pé no chão” trazendo uma história que, apesar de alguns elementos fantásticos, pudesse impactar como uma história real, lembrando muito os filmes “A Estrada” e “Onde os fracos não têm vez”, ou seja, daí saiu muito da tensão, violência, pessimismo e relações humanas que vemos no jogo. Não podemos deixar de mencionar a trilha sonora, composta por Gustavo Santaolalla, com músicas que emocionam durante todo o jogo. Todos esses elementos estão presentes na história do jogo, desde o início até o fim, e a gameplay eleva todos esses elementos ao máximo, usando todas as técnicas desenvolvidas em Uncharted, de criação de cenas cinematográficas e ação imersiva. The Last of Us levou o gênero de terror e sobrevivência ao ápice, inspirando toda uma nova leva de jogos no sentido gameplay e também em história, que mostra como os personagens agem no meio de toda a situação terrível, como se relacionam e porque fazem o que fazem, as facções que criam, e como aprendem a lidar e viver em um mundo muitas vezes sem regras e escrúpulos. A trama do jogo trata de uma infecção por fungos e a falta de cuidado com o ambiente, o que criou a oportunidade para criação de cenários repletos de detalhes e coberto por vegetação e destruição, trazendo a ideia de a natureza tomando de volta seu lugar. As diversas áreas destruídas do jogo foram inspiradas em uma coleção de fotografias feitas por Robert Polidori em ambientes após a passagem de um furacão. Outro elemento marcante do jogo são os arquétipos de personagens e uma grande atenção em criar uma protagonista feminina que não fosse sexualizada, tomando como base diversos artigos da blogueira e crítica Anita Sarkeesian, que fez muitos artigos falando sobre como personagens femininas eram representadas de forma sexualizada e subjugada em diversos jogos. Neil Druckmann tinha a intenção de criar uma protagonista feminina que fosse facilmente amada e compreendida e que não fosse sexualizada, além disso, ele enxergava nessa personagem uma oportunidade de mudar a indústria como um todo, e revelou em entrevistas posteriores que se sente orgulhoso com o resultado. Existem muitos detalhes e nuances dentro da história do jogo, cada um pode interpretar certos acontecimentos de uma forma, e por isso recomendamos que você jogue, pois The Last of Us ainda é um jogo e por mais que a história seja chamativa e intrigante, estar no controle faz parte da história e é importante para sentir as emoções junto com os personagens. E mesmo que o jogo tenha sido lançado lá atrás em 2013, os gráficos continuam a ser espetaculares, as animações feitas à mão usando expressões de Troy Baker e Ashley Johnson só aumentam a sensação de imersão e de “estarmos jogando um filme”, e os controles e jogabilidade são bem familiares. Resumindo: a experiência ainda é a mesma, e se você ainda não teve essa experiência, precisa e muito jogar The Last of Us! Detentor de inúmeras premiações de Jogo do Ano em 2013 e um dos títulos exclusivos mais elogiados do PlayStation 3, foi também eleito o Jogo da Década em 2020, por diversos portais que cobrem o universo dos videogames! The Last of Us surpreende até hoje os jogadores, por sua qualidade técnica impecável, gameplay com uma fluidez surpreendente, belíssimos gráficos e com um enredo absolutamente impactante e realista, sem falar no carisma de todos os personagens que ilustram o jogo, em especial os protagonistas Ellie e Joel. O game, eleito pelo Metacritic como um dos jogos mais bem avaliados do mundo, é considerado ainda revolucionário, por ter mudado a forma como os jogos vieram a ser produzidos nos últimos anos. Todo o exposto neste artigo explica, de maneira infinitamente resumida, porque The Last of Us é um dos melhores jogos já criados, de forma incontestável! The Last of Us pode ser jogado no PlayStation 3 (e a versão remasterizada no PS4), seu remake “The Last of Us Part 1” pode ser jogado no PlayStation 5 e PC, a sequência “The Last of Us Part 2” pode ser jogada no PlayStation 4 e a série de TV “The Last of Us” pode ser assistida na íntegra na HBO Max. Nohan GustavoNascido em 2002, um escritor aterrorizado e apaixonado por histórias de terror! Post Views: 1.444 Comments comments
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