O náufrago que sobreviveu 14 meses no mar e foi processado por
Por um escritor misterioso
Descrição
Depois de 14 meses à deriva, homem foi resgatado em 2014. Família de seu colega de embarcação, morto de fome após o naufrágio, o acusa de ter sobrevivido por ter comido o corpo do rapaz
José Salvador Alvarenga, 37 anos, pescador salvadorenho, náufrago que sobreviveu 14 meses perdido no mar, está sendo processado por canibalismo. Falamos sobre ele em uma matéria publicada aqui no Mega Curioso. A família do seu colega de pesca Ezequiel Córdoba o acusa de ter comido o corpo do rapaz de 22 anos após os dois naufragarem em um pequeno barco de pesca em 2012. A família de Córdoba está pedindo US$ 1 milhão (cerca de R$ 3,9 milhões) de indenização, segundo informações da emissora de televisão Fox News Latina, citada pelo site Huffington Post. O acusado nega que tenha se alimentado do corpo de Córdoba, cujos serviços ele havia contratado para uma viagem de dois dias de pesca no mar. José Alvarenga se encontrou com a mãe de Ezequiel Córdoba após se recuperar do tempo em que ficou perdido Alvarenga é o homem que sobreviveu por mais tempo como náufrago no mundo. Ele passou mais de um ano perdido no oceano, quando foi encontrado em 2014. O salvadorenho nega a acusação e afirma que em nenhum momento cogitou se alimentar do corpo de Ezequiel Córdoba. De acordo com ele, o jovem fez dois últimos pedidos antes de morrer: o primeiro foi que Alvarenga não comesse o seu corpo, e, o segundo, que ele encontrasse a sua mãe e explicasse o que havia acontecido. O sobrevivente alega ter respeitado os desejos do rapaz e conta que Córdoba teve uma convulsão e morreu com os olhos abertos, quatro meses após a tempestade. Isso fez com que Alvarenga levasse 6 dias para perceber o óbito, tempo em que o delírio o fazia conversar com o corpo sem vida. Quando se deu conta realmente do acontecido, ele fez o que podia para realizar o melhor enterro para a sua única companhia até então. O pescador ressalta que chegou a lavar os pés e vestir o corpo com uma camiseta vermelha que possuía uma imagem de caveira e ossos cruzados. Alvarenga também relata que chegou a desmaiar assim que despejou o cadáver na água. A mãe de Ezequiel Córdoba com um retrato do rapaz nas mãos O advogado do sobrevivente, Ricardo Cucalón, afirma que a família do rapaz falecido tem motivação financeira e não pode provar o que estão alegando. José Salvador Alvarenga está recebendo honorários em função de um livro que foi publicado com a sua história de sobrevivência. De acordo com Cucalón, os pais de Córdoba querem uma parte desse pagamento e, por isso, estão usando a tática de processá-lo. O caso Em novembro de 2012, José Salvador Alvarenga saiu para uma viagem de dois dias de pesca com Ezequiel Córdoba. Depois de pagar cerca de US$ 50 para o jovem, ambos partiram de uma cidade na costa do México. Os planos de retornar foram cortados quando a dupla enfrentou uma terrível tempestade que os deixou à deriva. Depois de 14 meses, Alvarenga foi encontrado em um atol nas ilhas Marshall, a cerca de 10,8 mil km de distância da região onde se perdeu com Córdoba. Quando foi resgatado, o salvadorenho explicou que conseguiu sobreviver com uma dieta à base de peixe cru, sangue de tartaruga e sua própria urina. Depois de uma investigação sobre as suas alegações, as autoridades locais afirmaram que a história fazia sentido e concluíram que ele estava falando a verdade. Alvarenga quando foi encontrado, em 2014 O livro sobre a história de Alvarenga e Córdoba Depois de superar o trauma do tempo à deriva, o salvadorenho teve a sua história publicada pelo autor Jonathan Franklin no livro “438 dias: uma extraordinária história de sobrevivência no mar”. Na publicação, o escritor narra em detalhes todo o sofrimento e a difícil empreitada de Alvarenga durante o longo tempo que passou no mar. Em um trecho replicado pelo The Huffington Post, o sobrevivente explica que passou tanta fome que, em determinado momento, chegou a comer as próprias unhas. Além disso, ele também conta como Córdoba teve muitas dificuldades estomacais em função da dieta complicada a que eles estavam submetidos. *Publicada originalmente em 18 de dezembro de 2015
José Salvador Alvarenga, 37 anos, pescador salvadorenho, náufrago que sobreviveu 14 meses perdido no mar, está sendo processado por canibalismo. Falamos sobre ele em uma matéria publicada aqui no Mega Curioso. A família do seu colega de pesca Ezequiel Córdoba o acusa de ter comido o corpo do rapaz de 22 anos após os dois naufragarem em um pequeno barco de pesca em 2012. A família de Córdoba está pedindo US$ 1 milhão (cerca de R$ 3,9 milhões) de indenização, segundo informações da emissora de televisão Fox News Latina, citada pelo site Huffington Post. O acusado nega que tenha se alimentado do corpo de Córdoba, cujos serviços ele havia contratado para uma viagem de dois dias de pesca no mar. José Alvarenga se encontrou com a mãe de Ezequiel Córdoba após se recuperar do tempo em que ficou perdido Alvarenga é o homem que sobreviveu por mais tempo como náufrago no mundo. Ele passou mais de um ano perdido no oceano, quando foi encontrado em 2014. O salvadorenho nega a acusação e afirma que em nenhum momento cogitou se alimentar do corpo de Ezequiel Córdoba. De acordo com ele, o jovem fez dois últimos pedidos antes de morrer: o primeiro foi que Alvarenga não comesse o seu corpo, e, o segundo, que ele encontrasse a sua mãe e explicasse o que havia acontecido. O sobrevivente alega ter respeitado os desejos do rapaz e conta que Córdoba teve uma convulsão e morreu com os olhos abertos, quatro meses após a tempestade. Isso fez com que Alvarenga levasse 6 dias para perceber o óbito, tempo em que o delírio o fazia conversar com o corpo sem vida. Quando se deu conta realmente do acontecido, ele fez o que podia para realizar o melhor enterro para a sua única companhia até então. O pescador ressalta que chegou a lavar os pés e vestir o corpo com uma camiseta vermelha que possuía uma imagem de caveira e ossos cruzados. Alvarenga também relata que chegou a desmaiar assim que despejou o cadáver na água. A mãe de Ezequiel Córdoba com um retrato do rapaz nas mãos O advogado do sobrevivente, Ricardo Cucalón, afirma que a família do rapaz falecido tem motivação financeira e não pode provar o que estão alegando. José Salvador Alvarenga está recebendo honorários em função de um livro que foi publicado com a sua história de sobrevivência. De acordo com Cucalón, os pais de Córdoba querem uma parte desse pagamento e, por isso, estão usando a tática de processá-lo. O caso Em novembro de 2012, José Salvador Alvarenga saiu para uma viagem de dois dias de pesca com Ezequiel Córdoba. Depois de pagar cerca de US$ 50 para o jovem, ambos partiram de uma cidade na costa do México. Os planos de retornar foram cortados quando a dupla enfrentou uma terrível tempestade que os deixou à deriva. Depois de 14 meses, Alvarenga foi encontrado em um atol nas ilhas Marshall, a cerca de 10,8 mil km de distância da região onde se perdeu com Córdoba. Quando foi resgatado, o salvadorenho explicou que conseguiu sobreviver com uma dieta à base de peixe cru, sangue de tartaruga e sua própria urina. Depois de uma investigação sobre as suas alegações, as autoridades locais afirmaram que a história fazia sentido e concluíram que ele estava falando a verdade. Alvarenga quando foi encontrado, em 2014 O livro sobre a história de Alvarenga e Córdoba Depois de superar o trauma do tempo à deriva, o salvadorenho teve a sua história publicada pelo autor Jonathan Franklin no livro “438 dias: uma extraordinária história de sobrevivência no mar”. Na publicação, o escritor narra em detalhes todo o sofrimento e a difícil empreitada de Alvarenga durante o longo tempo que passou no mar. Em um trecho replicado pelo The Huffington Post, o sobrevivente explica que passou tanta fome que, em determinado momento, chegou a comer as próprias unhas. Além disso, ele também conta como Córdoba teve muitas dificuldades estomacais em função da dieta complicada a que eles estavam submetidos. *Publicada originalmente em 18 de dezembro de 2015
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